22/01/2009, quinta-feira, respeitável público por do sol.
manhã cinza e abafada em Piranhas Nova-AL. saímos sem tomar café. a cada alma viva que aparecia perguntávamos onde era o tal posto que tínhamos marcado com Zé Maria. caminho da roça e longo até chegar. o peso da bagagens nos era casca.
chegando lá, estava tudo abandonado. fronteira de saída da cidade. espera e nada da carona aparecer. infelizmente, notamos furo. passamos a tentar outra carona dali mesmo, mas o local era ruim, sem sinalização, trevo ou quebra-molas. já quase 9 horas da manhã, eis que surgia Zé Maria vindo a pé pela estrada! bufava ter perdido a hora, enquanto enrolava um tabaco em folha de caderno. que cena. pegamos uma van que nos levaria a um lugar próximo com mais opções de carro.
descemos em Olho d'Água-AL. Zé Maria seguiu seu rumo. queijo quente R$ 1! tomamos café com calma e nos posicionamos no trevo. um carrão encostou de súbito. era um dos grupos fanfarrões do passeio de barco do dia anterior pros canyons. nos reconheceram, mas não tinham espaço. só cumprimentaram. em seguida, um ônibus estacionou bem perto. fui perguntar dos itinerários e preços. o rapaz não entendeu bem e abordou:
- carona?
- pra Arapiraca! respondi.
- sobe aí!
nossa, foi emoção conseguir tão rápido. a foz prosperava. ao subir, só os trabalhadores da obra do canal de transposição do Rio São Francisco. iam à Arapiraca-AL receber os salários. fomos bem acolhidos. sentamos lá atrás e conversamos com muitos. divertidos, se animaram com o violão. puxei a tocar. comecei com sambas, mas senti que não sacavam muito. tive que buscar o meu repertório mais longínquo de Mamonas Assassinas, Falamansa e Reginaldo Rossi. aí sim gostaram.
violão no ônibus.
eram bem brincalhões sem ser agressivos. boas pessoas. um deles contou que no dia de seu aniversário viu um discurso do presidente Lula e depois foi falar com ele depois. e chorou. "é o melhor presidente que o Brasil já teve". outro mostrava as plantações que passavam. de tomate, manga e fumo, muito comum em Alagoas. fomos parados pela polícia federal, mas os documentos estavam todos corretos, sem problemas. quase 200 Km de estrada na 25ª carona.
trabalhadores caronistas.
descemos antes mesmo de entrar em Arapiraca. no posto de gasolina, compramos água e analisamos o lugar. bastante feio e movimentado. o frentista nos disse que teriamos que andar uns 5 Km para o outro trevo que seria melhor de conseguir. bateu aquele desânimo, mas não tinha jeito. acontece que momentos têm luz. desprentensiosamente, acenei a um carro que saía lento da cidade, assim que começamos a andar. era um Doblô. parou e já fez sinal que entrássemos. não tinha um dos bancos da frente.
Eugênio era o motorista. Palhaço Xeleléo profissional do circo "Artes Plim". muito expressivo no falar. ficou bem curioso com nossa vivência. o jeito de dialogar com os outros na rua era nitidamente circense. explicou um pouco da miséria e ignorância dos alagoanos. é, na verdade, baiano. contou a fábula da família pobre e sua vaca no brejo. seu sobrinho estava no carro, só esqueci o nome.
eu e Eugênio, o palhaço Xeleléo
encarte.
foi rápida carona, pois ia resolver coisas por perto. o suficiente pra trocarmos contato e conhecer mais um figura nos descaminhos da estrada. largou-nos no trevo. lugar desordenado de concreto. carros indo e vindo sem muita estribeira. um chegou a encostar, mas, ao nos aproximar, arrancou num susto repentino. uma caixa de energia elétrica estourou bem próxima de nós. todos se afastaram. quase pegou fogo na mata ao lado. ali não me parecia mais inteligente de permanecer. são os sinais. pegamos uma van em direção à Penedo-AL, cidade histórica.
gostamos de primeira da cidade. simpática e pacata. mas ela acontece mesmo pra perto do porto, em frente ao Velho Chico. sempre Ele! devia ser por volta de 14 horas. era interessante, mas o fim-de-semana aproximava, queríamos conseguir chegar à Piaçabuçu-AL e ver a foz do rio antes de sábado. tive uma idéia! ...
obrigado por deixar-se.
...fui numa sapataria qualquer com o Pedrinho e pedi que consertassem minha sandália que tava por um triz de arrebentar. o rapaz simpático disse que não faziam (como eu esperava). pedi que deixássemos nossas coisas ali enquanto procurávamos uma estadia e um sapateiro. o cara topou por um prazo de 1 hora e meia. perfeito. corremos pro tour mais veloz que já fizemos, competindo só com Piranhas Velha, no dia anterior. perguntei no museu ao lado todos os pontos interessantes da cidade. anotado e adelante.
em decadência.
de prontidão.
negra oração.
pulando pelos pontos, vimos também pousadas. visitamos o mirante, o oratório dos escravos e o teatro municipal, onde conhecemos Cláudia que nos falou bem da costa alagoana e que estavam fazendo um filme em Barra de São Miguel-AL.
ofício da espera.
silêncio, no hay banda.
descobrimos um ônibus que sairia em poucos minutos pra Piaçabuçu e custaria R$ 2,50! nossa chance de dormir por lá e já no dia seguinte conhecer a foz. pegamos as bagagens na sapataria. agradecemos e fomos embora.
indo-se.
cidade-acesso à foz do Rio São Francisco de encontro com o oceano Atlântico. pousada do Leão a uma quadra do porto. simpatia de lugar. recanto de pássaros. rotina serena. vista poderosa pro descanso do sol.
festa no céu.
Galego contava suas experiências de pescador aos amigos. senhor dos 80 anos. sentamos a ouvir. pedi que nos levasse para ver o encontro de águas. cobrou R$ 25 de cada. achei justo. teria que pagar a gasolina. um barquinho a motor. combinamos de ver o sol acordar na península. pra tal, teríamos que sair as 4 horas da manhã. mostrou onde era seu lar e apresentou sua mulher.
Galego prosa.
deliciando o visual, puxei conversa com um rapaz que curtia o fim com a família. papo à toa. nos convidou para um café em sua casa. topamos no ato. Amabílio Jr. é professor municipal. simplicidade ímpar. não vê motivo pra viajar pelo mundo se sua vida ali se basta. se considera um homem feliz e realizado.
não só de cafézinho, mas um banquete! um susto. sua mulher chegou nos servindo pão, cuscuz, carne de cação, lombo de porco, suco, café. conversamos bastante sobre vida, estudo, família, política... mostrou-nos fotos em seu computador. uma abertura rara. falou que quando quisermos podemos voltar lá. agradecemos o máximo que pudemos. foi realmente emocionante.
banquete com Amabílio e família.
voltamos pra pousada do Leão, coroa conhecido na área. violão avarandado. teríamos que acordar 3 e meia da manhã.
dicas do sr. Leão.
com suíte.
sono.
.
23/01/2009, sexta-feira, pororoca cósmica.
acordando no escuro. pão com presunto comprado na noite anterior espertamente. lá no porto Galego já adiantava o serviço.
3h55 am.
no breu dos peixes, seguíamos com nosso guia sabedor de atalhos. silêncio cortado só pelo motor. ilhas com nomes, um farol alagado e as nuvens querendo espaçar ao sol. 40 minutos de pinote ao areal paradisíaco.
noite clareante.
vindo.
parindo.
heart of god.
teríamos algumas horas pra curtir o local. extenso de horizonte. inacreditável. mosquitos selvagens arrancavam pele. tivemos que correr.
finalmente, o encontro! de chorar! arrepio por tempos...
(VÍDEO da foz)
na volta ao barco, a despedida do Velho Chico. acompanhamos sua correnteza por quase um mês. apego e sede. Galego já conversava com um rapaz do veleiro que estacionara.
voltando melancólicos, Galego nos ofereceu manga que trouxe de casa. pescador do afeto. estendia mesmo a alma à amizade. prometi enviar um cd com músicas do Dorival Caymmi. ficou todo feliz e abriu as portas do lar para nós sempre que necessário. no porto, sua mulher limpava o peixe.
dei um abraço de despedida e seguimos para pegar estrada. depois bateu leve arrependimento de não ter ficado mais um dia na cidade. bem sabemos que a estrada tem suas novas surpresas sempre.
despedida.
horas de tentativas falidas de carona. clima de fim-de-semana. não percebemos que estávamos forçando a barra. tudo bem, pegamos uma van em direção à Coruripe-AL, cidade próxima ao litoral alagoano. avisando de antemão: o pior lugar visitado na viagem! muito feia. sem graça. a costa é distante para ir andando. não fomos nada bem recebidos. pessoas ignorantes demais. dentro dos carros, riam de nós. pra não ser injusto, alguns nos foram solícitos, mas até esses nos afirmaram que era um lugar meio indesejável. na rodoviária, não havia funcionários nos guichês. ninguém sabia informar nada. meio largado e sujo. um horror. e a culpa de ter saído do paraíso...
indecisão do próximo destino. tinha que ser o quanto antes. mas não chegava ônibus algum. tentamos carona por muito tempo. andei a cidade toda. fui na prefeitura, pois soube de uma condução que levaria estudantes de medicina a Maceió e tentei nos encabeçar. nada foi possível. um caminhoneiro sensibilizou e me deu R$ 10 pra pegar um ônibus. sentei e puxei o violão a esperar.
já muito cansaço de dias viajando. o limite para um bom descanso pungia. conseguimos, enfim, um ônibus cheio para Maceió-AL. ruim, a princípio, pois era cidade grande e o dia queria anoitecer. seria complicado procurar pousada barata. lembramos de Petrolina. mas foi o único jeito. dia seguinte pegaríamos a famosa BR-101 em busca de um caminhão.
praia de Maceió vista pela janela do ônibus. acomodamos na rodoviária noturna. Pedrinho averiguou se, na pior das hipóteses, poderíamos dormir por ali mesmo nas cadeiras. o policial liberou, mas que era melhor revesarmos o sono. foi procurar lugar perto pra nós dormirrmos. achou uma pousadinha de beira por R$ 10. não hesitamos. jantamos na rodoviária. fomos pro quarto e nem consegui banhar. desabei de zZzZ...
sono.
chegando lá, estava tudo abandonado. fronteira de saída da cidade. espera e nada da carona aparecer. infelizmente, notamos furo. passamos a tentar outra carona dali mesmo, mas o local era ruim, sem sinalização, trevo ou quebra-molas. já quase 9 horas da manhã, eis que surgia Zé Maria vindo a pé pela estrada! bufava ter perdido a hora, enquanto enrolava um tabaco em folha de caderno. que cena. pegamos uma van que nos levaria a um lugar próximo com mais opções de carro.
descemos em Olho d'Água-AL. Zé Maria seguiu seu rumo. queijo quente R$ 1! tomamos café com calma e nos posicionamos no trevo. um carrão encostou de súbito. era um dos grupos fanfarrões do passeio de barco do dia anterior pros canyons. nos reconheceram, mas não tinham espaço. só cumprimentaram. em seguida, um ônibus estacionou bem perto. fui perguntar dos itinerários e preços. o rapaz não entendeu bem e abordou:
- carona?
- pra Arapiraca! respondi.
- sobe aí!
nossa, foi emoção conseguir tão rápido. a foz prosperava. ao subir, só os trabalhadores da obra do canal de transposição do Rio São Francisco. iam à Arapiraca-AL receber os salários. fomos bem acolhidos. sentamos lá atrás e conversamos com muitos. divertidos, se animaram com o violão. puxei a tocar. comecei com sambas, mas senti que não sacavam muito. tive que buscar o meu repertório mais longínquo de Mamonas Assassinas, Falamansa e Reginaldo Rossi. aí sim gostaram.
violão no ônibus.
eram bem brincalhões sem ser agressivos. boas pessoas. um deles contou que no dia de seu aniversário viu um discurso do presidente Lula e depois foi falar com ele depois. e chorou. "é o melhor presidente que o Brasil já teve". outro mostrava as plantações que passavam. de tomate, manga e fumo, muito comum em Alagoas. fomos parados pela polícia federal, mas os documentos estavam todos corretos, sem problemas. quase 200 Km de estrada na 25ª carona.
trabalhadores caronistas.
descemos antes mesmo de entrar em Arapiraca. no posto de gasolina, compramos água e analisamos o lugar. bastante feio e movimentado. o frentista nos disse que teriamos que andar uns 5 Km para o outro trevo que seria melhor de conseguir. bateu aquele desânimo, mas não tinha jeito. acontece que momentos têm luz. desprentensiosamente, acenei a um carro que saía lento da cidade, assim que começamos a andar. era um Doblô. parou e já fez sinal que entrássemos. não tinha um dos bancos da frente.
Eugênio era o motorista. Palhaço Xeleléo profissional do circo "Artes Plim". muito expressivo no falar. ficou bem curioso com nossa vivência. o jeito de dialogar com os outros na rua era nitidamente circense. explicou um pouco da miséria e ignorância dos alagoanos. é, na verdade, baiano. contou a fábula da família pobre e sua vaca no brejo. seu sobrinho estava no carro, só esqueci o nome.
eu e Eugênio, o palhaço Xeleléo
encarte.
foi rápida carona, pois ia resolver coisas por perto. o suficiente pra trocarmos contato e conhecer mais um figura nos descaminhos da estrada. largou-nos no trevo. lugar desordenado de concreto. carros indo e vindo sem muita estribeira. um chegou a encostar, mas, ao nos aproximar, arrancou num susto repentino. uma caixa de energia elétrica estourou bem próxima de nós. todos se afastaram. quase pegou fogo na mata ao lado. ali não me parecia mais inteligente de permanecer. são os sinais. pegamos uma van em direção à Penedo-AL, cidade histórica.
gostamos de primeira da cidade. simpática e pacata. mas ela acontece mesmo pra perto do porto, em frente ao Velho Chico. sempre Ele! devia ser por volta de 14 horas. era interessante, mas o fim-de-semana aproximava, queríamos conseguir chegar à Piaçabuçu-AL e ver a foz do rio antes de sábado. tive uma idéia! ...
obrigado por deixar-se.
...fui numa sapataria qualquer com o Pedrinho e pedi que consertassem minha sandália que tava por um triz de arrebentar. o rapaz simpático disse que não faziam (como eu esperava). pedi que deixássemos nossas coisas ali enquanto procurávamos uma estadia e um sapateiro. o cara topou por um prazo de 1 hora e meia. perfeito. corremos pro tour mais veloz que já fizemos, competindo só com Piranhas Velha, no dia anterior. perguntei no museu ao lado todos os pontos interessantes da cidade. anotado e adelante.
em decadência.
de prontidão.
negra oração.
pulando pelos pontos, vimos também pousadas. visitamos o mirante, o oratório dos escravos e o teatro municipal, onde conhecemos Cláudia que nos falou bem da costa alagoana e que estavam fazendo um filme em Barra de São Miguel-AL.
ofício da espera.
silêncio, no hay banda.
descobrimos um ônibus que sairia em poucos minutos pra Piaçabuçu e custaria R$ 2,50! nossa chance de dormir por lá e já no dia seguinte conhecer a foz. pegamos as bagagens na sapataria. agradecemos e fomos embora.
indo-se.
cidade-acesso à foz do Rio São Francisco de encontro com o oceano Atlântico. pousada do Leão a uma quadra do porto. simpatia de lugar. recanto de pássaros. rotina serena. vista poderosa pro descanso do sol.
festa no céu.
Galego contava suas experiências de pescador aos amigos. senhor dos 80 anos. sentamos a ouvir. pedi que nos levasse para ver o encontro de águas. cobrou R$ 25 de cada. achei justo. teria que pagar a gasolina. um barquinho a motor. combinamos de ver o sol acordar na península. pra tal, teríamos que sair as 4 horas da manhã. mostrou onde era seu lar e apresentou sua mulher.
Galego prosa.
deliciando o visual, puxei conversa com um rapaz que curtia o fim com a família. papo à toa. nos convidou para um café em sua casa. topamos no ato. Amabílio Jr. é professor municipal. simplicidade ímpar. não vê motivo pra viajar pelo mundo se sua vida ali se basta. se considera um homem feliz e realizado.
não só de cafézinho, mas um banquete! um susto. sua mulher chegou nos servindo pão, cuscuz, carne de cação, lombo de porco, suco, café. conversamos bastante sobre vida, estudo, família, política... mostrou-nos fotos em seu computador. uma abertura rara. falou que quando quisermos podemos voltar lá. agradecemos o máximo que pudemos. foi realmente emocionante.
banquete com Amabílio e família.
voltamos pra pousada do Leão, coroa conhecido na área. violão avarandado. teríamos que acordar 3 e meia da manhã.
dicas do sr. Leão.
com suíte.
sono.
.
23/01/2009, sexta-feira, pororoca cósmica.
acordando no escuro. pão com presunto comprado na noite anterior espertamente. lá no porto Galego já adiantava o serviço.
3h55 am.
no breu dos peixes, seguíamos com nosso guia sabedor de atalhos. silêncio cortado só pelo motor. ilhas com nomes, um farol alagado e as nuvens querendo espaçar ao sol. 40 minutos de pinote ao areal paradisíaco.
noite clareante.
vindo.
parindo.
heart of god.
teríamos algumas horas pra curtir o local. extenso de horizonte. inacreditável. mosquitos selvagens arrancavam pele. tivemos que correr.
finalmente, o encontro! de chorar! arrepio por tempos...
(VÍDEO da foz)
na volta ao barco, a despedida do Velho Chico. acompanhamos sua correnteza por quase um mês. apego e sede. Galego já conversava com um rapaz do veleiro que estacionara.
voltando melancólicos, Galego nos ofereceu manga que trouxe de casa. pescador do afeto. estendia mesmo a alma à amizade. prometi enviar um cd com músicas do Dorival Caymmi. ficou todo feliz e abriu as portas do lar para nós sempre que necessário. no porto, sua mulher limpava o peixe.
dei um abraço de despedida e seguimos para pegar estrada. depois bateu leve arrependimento de não ter ficado mais um dia na cidade. bem sabemos que a estrada tem suas novas surpresas sempre.
despedida.
horas de tentativas falidas de carona. clima de fim-de-semana. não percebemos que estávamos forçando a barra. tudo bem, pegamos uma van em direção à Coruripe-AL, cidade próxima ao litoral alagoano. avisando de antemão: o pior lugar visitado na viagem! muito feia. sem graça. a costa é distante para ir andando. não fomos nada bem recebidos. pessoas ignorantes demais. dentro dos carros, riam de nós. pra não ser injusto, alguns nos foram solícitos, mas até esses nos afirmaram que era um lugar meio indesejável. na rodoviária, não havia funcionários nos guichês. ninguém sabia informar nada. meio largado e sujo. um horror. e a culpa de ter saído do paraíso...
indecisão do próximo destino. tinha que ser o quanto antes. mas não chegava ônibus algum. tentamos carona por muito tempo. andei a cidade toda. fui na prefeitura, pois soube de uma condução que levaria estudantes de medicina a Maceió e tentei nos encabeçar. nada foi possível. um caminhoneiro sensibilizou e me deu R$ 10 pra pegar um ônibus. sentei e puxei o violão a esperar.
já muito cansaço de dias viajando. o limite para um bom descanso pungia. conseguimos, enfim, um ônibus cheio para Maceió-AL. ruim, a princípio, pois era cidade grande e o dia queria anoitecer. seria complicado procurar pousada barata. lembramos de Petrolina. mas foi o único jeito. dia seguinte pegaríamos a famosa BR-101 em busca de um caminhão.
praia de Maceió vista pela janela do ônibus. acomodamos na rodoviária noturna. Pedrinho averiguou se, na pior das hipóteses, poderíamos dormir por ali mesmo nas cadeiras. o policial liberou, mas que era melhor revesarmos o sono. foi procurar lugar perto pra nós dormirrmos. achou uma pousadinha de beira por R$ 10. não hesitamos. jantamos na rodoviária. fomos pro quarto e nem consegui banhar. desabei de zZzZ...
sono.
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3 comentários:
nossa
ESSA SEQUENCIA ESTÁ DEMAIS
depois quero ler com mais calma
volto a comentar!
acho que foi o que mais gosteo ate agora
bjs
Clarice.
Falei pra tu aprender uns sertanejos! hehehehe..
Cara, tem umas horas numa viagem de carona que as cidades se esgotam rapidamente e pedem para serem ultrapassadas logo. Outras horas, pedem pra gente ficar.
Em Coruripe, me deu raiva também. Só pousada cara, gente pouco amistosa. Ai, a Maíra pediu pra uma senhora que nos desse abrigo. Eu dormi num colchão na sala e ela no sofá. O banheiro não tinha porta!! hahaha..
Sei lá, fico pensando sobre Coruripe. Após terminar o rio inteiro, é meio deprê ir para outro lugar.. A gente chegou à conclusão que o melhor teria sido voltar na hora para casa. Coisas do Velho Chico, esse rio misterioso!
Biel, adorei ser caminhante com vocês. Muito legal! Abraçosprakemia
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